Quem somos?
Tristes figuras desdenhadas.
Revestidos com a armadura da educação já tão desgastada.
Cavaleiros esquecidos de uma época iluminada em que o educador teve lugar.
Nossa força? Talvez a loucura. A nossa realidade virtual.
Só um louco para lutar por aqueles que os desprezam.
Nem todos, muitos acendem a chama da esperança em nossos corações.
Então, como Quixote, queremos vencer os moinhos de vento.
Embora depois sejamos jogados ao chão.
Mas levantamos, sacudimos o pó da ignorância e voltamos a lutar.
Mesmo que Sancho diga que são só moinhos, vemos monstros agigantarem-se diante de nós.
A corromper os nossos jovens, a tirar a inocência das nossas crianças.
A descartar os nossos velhos e abandonar a sua sabedoria.
A disseminar valores distorcidos numa sociedade extremamente egocêntrica e capitalista.
A cegar os pais, que não vêem o cavaleiro que tenta proteger e orientar seus filhos.
Não conseguimos desistir, deixar o sonho ou loucura acabar.
Vemos tantas possibilidades nesses campos verdejantes.
E preferimos olhar o mundo com o coração, apesar da razão tentar os nossos sentidos.
Somos capazes de realizar qualquer coisa por nós mesmos.
Somos cultos, passamos a vida estudando.
Somos trabalhadores dedicados, acostumados a desafios.
E por isso muitos cavaleiros abandonam a armadura e vão brilhar em outro contexto.
E vencem e são agraciados pela mesma sociedade que os desprezava.
E assim, o mundo perde sem saber, excelentes educadores.
Entretanto, para o bem de todos, alguns ainda resistem pensando:
“O que será do mundo quando não houver mais cavaleiros para defender os inocentes?”
Waleska Montenegro 01/10/2011
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