A história da vida
Era um homem com a história de sua vida nas mãos. Sentado, esperando com tantos outros a sua hora chegar. Ali se encontravam muitos, de todos os tipos e com expectativas variadas.
Naquele recinto as horas se arrastavam, aniquilando os mais temerosos. Todos ansiavam pelo momento em que aquela angústia terminaria afinal. Os nomes eram pronunciados e o seu dono se encaminhava ao seu destino, cheio de expectativas. Os outros nada sabiam como iria ser com aquele que partira, pois todos ao retornarem saiam calados, alguns mais confiantes, outros nem tanto e ainda havia aqueles que denunciavam a sua desesperança no semblante obscuro.
O homem não se distinguia dos demais, era apenas mais um. Contudo, para ele, que ali estava, a sua vida e história era única e só ele a conhecia verdadeiramente. O papel que carregava e contava a sua história era superficial, insólito, mas definiria o seu destino. É claro que poderia usar da palavra e tentar esclarecer para o avaliador sobre seus adjetivos não mencionados naquela folha. Entretanto não tinha certeza se aquele procedimento o ajudaria ou não. Aguardava o seu nome e buscava no ambiente algo que lhe tranqüilizasse. Refletia sobre sua situação, pensava que poderia não ser tão crítica e que logo resolveria tudo. Tinha qualidades, poderia sair dali vitorioso. Se, assim não fosse, não desistiria.
De repente seu nome ressoa pela sala. Ele se encaminha para a entrevista. Apresenta seu currículo e aguarda enquanto o outro observa-o superficialmente. Limita-se a responder as perguntas feitas. O outro então lhe diz ao final a frase já tão ouvida: - Aguarde, que entraremos em contato se precisarmos de seus serviços.
O homem sai, como tantos outros.
Waleska 28/01/04
Era um homem com a história de sua vida nas mãos. Sentado, esperando com tantos outros a sua hora chegar. Ali se encontravam muitos, de todos os tipos e com expectativas variadas.
Naquele recinto as horas se arrastavam, aniquilando os mais temerosos. Todos ansiavam pelo momento em que aquela angústia terminaria afinal. Os nomes eram pronunciados e o seu dono se encaminhava ao seu destino, cheio de expectativas. Os outros nada sabiam como iria ser com aquele que partira, pois todos ao retornarem saiam calados, alguns mais confiantes, outros nem tanto e ainda havia aqueles que denunciavam a sua desesperança no semblante obscuro.
O homem não se distinguia dos demais, era apenas mais um. Contudo, para ele, que ali estava, a sua vida e história era única e só ele a conhecia verdadeiramente. O papel que carregava e contava a sua história era superficial, insólito, mas definiria o seu destino. É claro que poderia usar da palavra e tentar esclarecer para o avaliador sobre seus adjetivos não mencionados naquela folha. Entretanto não tinha certeza se aquele procedimento o ajudaria ou não. Aguardava o seu nome e buscava no ambiente algo que lhe tranqüilizasse. Refletia sobre sua situação, pensava que poderia não ser tão crítica e que logo resolveria tudo. Tinha qualidades, poderia sair dali vitorioso. Se, assim não fosse, não desistiria.
De repente seu nome ressoa pela sala. Ele se encaminha para a entrevista. Apresenta seu currículo e aguarda enquanto o outro observa-o superficialmente. Limita-se a responder as perguntas feitas. O outro então lhe diz ao final a frase já tão ouvida: - Aguarde, que entraremos em contato se precisarmos de seus serviços.
O homem sai, como tantos outros.
Waleska 28/01/04
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