Capítulo - O céu dos passarinhos
O dia continuava lindo e ensolarado. E que dia longo! Parecia até que o tempo não passava! Rafa não sabia que horas eram. Eles continuaram sua jornada depois daquele momento de descanso à sombra da grande mangueira. Seus frutos saborosos deram a todos um novo ânimo e disposição. Foi quando avistaram um monte negro do lado direito do caminho. Mina disse a Rafa que aquele era o Montenegro, nominado assim por sua aparência. Era realmente um monte negro devido a cor verde escuro da vegetação que lhe cobria. Ele era repleto de árvores frutíferas chamadas de Moreiras, também haviam muitos lírios que davam uma visão linda àquele monte. Eram os lírios Sampaio. A principal flor dali era a Autaleska, uma flor do campo, simples mas forte. Pois ela conseguia florescer entre as pedras e inclusive aproveitá-las para se aquecer no inverno. Era uma simbiose perfeita. As flores coloriam as pedras e as pedras lhe protegiam e aqueciam no frio. Rafa ficou olhando para o monte quando avistou revoadas de pássaros sobre ele. Os pássaros sumiam em pleno voo e do nada reapareciam também voando. Rafael olhou para Mina e disse: - Por que os passarinhos somem e reaparecem em pleno voo? Mina então lhe responde: - Este é o céu dos passarinhos. Alguém, provavelmente a criadora, imaginou que os passarinhos ao desencarnarem viriam para cá e assim criou este céu maravilhoso! Rafa ouve Mina, mas não para de olhar para o céu, onde os passarinhos continuam voando sumindo e voltando como mágica. E ela continua explicando a Rafael que os passarinhos logo voltavam a encarnar. Eram anjinhos indo e voltando do seu mundo. Os pássaros que desaparecem encarnaram no seu mundo e os que aparecem desencarnaram. Não tinham que demorar para reencarnar lá, pois não precisavam. Já eram criaturas evoluidas do céu. O pássaro que some, não é o mesmo que você ver voltando. São outros. As criaturas aladas de Deus!